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Novas regras de atracação ampliam operações no Porto de Santos

Mudança nas normas está entre os fatores que levou o complexo santista a bater um novo recorde operacional.

 

Atualmente, o limite maximo do calado no Porto e homologado pela Diretoria de Hidrografia e Navegacao

Porto de Santos recebeu 426 cargueiros no mês passado, 46 a mais do que em outubro de 2018 (Carlos Nogueira/AT)

 

A flexibilização das regras de atracação em berços nos cais de Saboó e de Outeirinhos e outros atos de gestão garantiram um novo recorde operacional mensal para o Porto de Santos e um aumento de 12,1% na vinda de navios ao complexo. Essas marcas foram registradas em outubro, quando o cais santista movimentou 12,78 milhões de toneladas, com a atracação de 426 cargueiros, 46 a mais do que no mesmo período do ano passado.

Isto foi possível graças a uma alteração no Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) do cais santista, em vigor desde 2006. A nova norma era um pedido antigo da comunidade portuária e permitiu a redução da fila de espera de navios na Barra. 

No primeiro semestre, uma média de 70 embarcações aguardavam uma janela de atracação todos os dias. Segundo o diretor de Operações Logísticas da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), a autoridade portuária de Santos, Marcelo Ribeiro de Souza, agora, diariamente, há cerca de 55 cargueiros em fila na Barra.

Segundo o executivo, houve um “incremento da fiscalização de operações” para aumentar os níveis de produtividade. A ideia foi verificar se as operações realizadas em cais público cumpriam as estimativas de tempo estipuladas de acordo com a carga.  

Há mais de um ano, a falta de berços para a atracação de navios de granéis sólidos, entre eles, fertilizantes, causou dor de cabeça, filas na Barra e prejuízos milionários a usuários do complexo. Naquela época, cargueiros aguardaram quase três meses por uma oportunidade de realizar a descarga das mercadorias. Outros navios sequer planejavam a atracação no complexo e escalaram em outros portos em busca de maior agilidade.

Segundo Ribeiro, no caso do Cais do Saboó, a mudança na regra permitiu a operação de fertilizantes sem restrições. Para ele, as ações colocam a Autoridade Portuária como protagonista do cais santista, gerando valor para o Brasil e para a Baixada Santista.

Na média dos últimos cinco anos, o complexo marítimo movimentou 10,5 milhões de toneladas nos meses de outubro. Mas no mês passado, o volume foi de 12,8 milhões de toneladas.  

Na comparação com outubro de 2018, as operações foram 24,7% maiores no mês passado. Para Ribeiro, esse volume é resultado das ações adotadas pela diretoria-executiva da Docas a partir de setembro.  

“Acredito que [as ações] irão se refletir na movimentação do ano”, destacou o diretor de Operações Logísticas da Docas.  

Celulose 

Já em Outeirinhos, uma negociação com a Marinha do Brasil permitiu operações de navios de celulose no Cais da Marinha. A primeira foi em 21 de outubro.  

Apenas no mês passado, os embarques de celulose cresceram 13,1%. Um total de 477.869 toneladas da carga foram operadas no cais santista. Já em outubro do ano passado, o volume foi de 422.477 toneladas.  

No acumulado do ano, o crescimento foi de 7,2% e as operações de celulose atingiram a marca de 4 milhões de toneladas. No mesmo período de 2018, o volume movimentado foi de 3,7 milhões de toneladas.  

As operações da carga tendem a crescer ainda mais no Porto. Um dos planos da Autoridade Portuária é implantar um grande terminal de celulose no local anteriormente ocupado pelo Grupo Libra, na Ponta da Praia. Mas, para isso, ainda é necessário um aval do Governo Federal.

 

FONTE A TRIBUNA