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Cresce pressão no PT para Haddad disputar Prefeitura de SP

Líderes petistas importantes ampliaram o movimento para tentar convencer Fernando Haddad a disputar a Prefeitura de São Paulo no próximo ano. O principal argumento usado é o caráter estratégico dessa votação dentro do cenário político nacional. Recuperar o comando da maior cidade do País ajudaria a fortalecer o projeto nacional do partido.

E o próprio Haddad sentiu na pele o impacto que o movimento antipetista provocou no partido em 2016, quando, na sequência do impeachment de Dilma Rousseff, o PT sofreu duríssima derrota nas eleições municipais. Haddad, que tentava a reeleição, não chegou a 17% dos votos válidos e foi derrotado já no primeiro turno pelo tucano João Doria.

O grupo pró-Haddad na Prefeitura lembra que ele recuperou sua popularidade ao ser lançado como candidato à Presidência, no ano passado, por causa da inelegibilidade de Lula. Com esse novo cacife, seria um candidato muito forte na disputa paulistana.

O problema é que Haddad não se mostra disposto a disputar o cargo. Como concorreu ao Planalto, o ex-ministro, de fato, mudou de tamanho dentro do partido. Embora o PT sonhe com a anulação da condenação de Lula, o ex-presidente segue inelegível. E, portanto, é natural que Haddad prefira se resguardar politicamente pensando numa eventual candidatura presidencial com Lula fora do páreo.

E aí surge uma segunda situação. Há uma outra corrente interna petista que acha que a melhor alternativa para o Planalto, sem Lula, seria um político do Nordeste. Depois da derrocada municipal petista, a região representou um pólo de resistência do partido, que elegeu os governadores da Bahia, Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte. Assim, nomes como o dos governadores Rui Costa (Bahia) e Camilo Santana (Ceará), além do senador Jaques Wagner (BA), vem ganhando importância nessa discussão. E serviriam para reforçar o discurso de oposição ao presidente Jair Bolsonaro na disputa de 2022. Dentro desse quadro, Haddad poderia ser o candidato petista ao governo de São Paulo, tentando romper com a histórica hegemonia do PSDB no Estado.

 

FONTE BR POLÍTICO (ESTADÃO)