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Conab eleva previsão para colheita de grãos

O clima mais favorável em dezembro fez a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) elevar ligeiramente as estimativas para a safra 2017/18, cujas principais culturas estão atualmente em fase de desenvolvimento. Ontem, em seu quarto levantamento de safra, o órgão estimou que a produção brasileira de grãos e fibras totalizará 227,9 milhões de toneladas no ciclo, alta de 0,62% na comparação com as 225,5 milhões de toneladas estimadas no relatório de dezembro.

Se a estimativa for confirmada, a produção ainda será 4,1% inferior às 226,5 milhões de toneladas colhidas no ciclo passado (2016/17), quando a safra brasileira de grãos bateu recorde. Em todo o caso, seria a segunda maior colheita da história.

Carro-chefe do agronegócio, a colheita de soja também deve ser maior do que o estimado anteriormente. Ontem, a Conab elevou em 1,1% a estimativa para a produção da oleaginosa, de 109,1 milhões de toneladas para 110,4 milhões de toneladas. Na comparação com o ciclo anterior, quando foram colhidas 114,0 milhões de toneladas, deve haver redução de 3,2%.

Para o milho, segundo grão mais produzido no país, a Conab elevou em 0,5% a estimativa para a safra de verão, em andamento. Agora, o órgão estima que os produtores colherão 25,2 milhões de toneladas na safra de verão deste ciclo 2017/18, ante 25 milhões estimadas em dezembro. Na comparação com a safra 2016/17, quando 30 milhões de toneladas foram colhidas, a nova estimativa representa uma redução de 17,3%. Essa queda reflete, sobretudo, a menor área semeada na atual safra.

Para a safra de milho de inverno, cujo plantio só começa após a colheita da safra de verão, a Conab ainda não fez projeções detalhadas, repetindo os números da safra passada, quando 67,1 milhões de toneladas foram colhidas. Com isso, a produção total do cereal no país - safra de verão e safra de inverno - foi estimada pela Conab em 92,3 milhões de toneladas, 5,6% abaixo do ciclo 2016/17.

Além da Conab, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também divulgou estimativa para a safra - o instituto trabalha com ano-civil, e não ano-safra. Pelas projeções do IBGE, a produção brasileira cairá 6,8% em 2018, para 224,3 milhões de toneladas.

O analista de Coordenação Agropecuária do IBGE, Carlos Alfredo Guedes, destacou a melhora do clima em dezembro, mas ressaltou que ela é insuficiente para a safra brasileira ultrapassar o recorde do ano passado. "Em Mato Grosso, a soja tinha que ser plantada em setembro e só foi plantada no fim de outubro. Isso vai resultar lá na frente em um período favorável menor de plantio da segunda safra do milho", disse. (Colaborou Luiz Henrique Mendes, de São Paulo)