Com clima favorável, Conab estima safra recorde de grãos
SÃO PAULO - A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) elevou nesta quinta-feira a estimativa para a safra brasileira de grãos e fibras na temporada 2018/19. A estatal vinculada ao Ministério da Agricultura projetou que a colheita totalizará um recorde de 240,6 milhões de toneladas, incremento de 0,7% ante as 238,9 milhões de toneladas estimadas em junho. Na comparação com a safra anterior (2017/18), quando foram colhidas 227,7 milhões de toneladas, o aumento é de 5,7%.
O clima é o principal fator para elevação da estimativa, com destaque para a safra de inverno do milho, a safrinha. A Conab elevou de 70,7 milhões para 72,3 milhões de toneladas a estimativa para a colheita do cereal de inverno. Trata-se de um aumento de 2,4% ante a estimativa de junho e de 34,2% em relação à temporada de inverno de 2017/18 (53,9 milhões de toneladas), quando houve quebras de safra no Paraná e em Mato Grosso do Sul.
No relatório divulgado nesta quinta-feira, a Conab também destacou que as boas condições climáticas influenciaram o plantio da safra de verão e o estabelecimento das lavouras de segunda safra, gerando um bom ritmo de cultivo nos principais Estados produtores.
Com um bom intervalo disponível para a semeadura, as lavouras de terceira safra também apresentaram adequada evolução no plantio, com algumas restrições pontuais, especialmente na região Sul, que registrou períodos de excesso de chuvas na época plantio de algumas culturas de inverno.
O clima favorável nas principais regiões produtoras fez a Conab elevar a estimativa de produtividade média das lavouras. A projeção agora é de 3.826 quilos por hectare ante 3.797 no mês passado e 3.689 em 2017/18.
Entre os principais produtos da pauta brasileira, a soja deve alcançar uma colheita de 115,1 milhões de toneladas, crescimento de 0,5% na comparação com a estimativa do mês passado e apenas 3,6% inferior ao recorde registrado em 2017/18.
A produção total de milho (de verão e de inverno) foi estimada em 98,5 milhões de toneladas, aumento de 22% ante o ciclo anterior. Trata-se de um recorde.
FONTE VALOR ECONÔMICO