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Codesp quer reduzir o tempo de espera de navios no Porto de Santos

Uma das apostas é o transporte de contêineres por hidrovia. Fórum da Safra 2018 discute o escoamento da safra de grãos.

A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) quer reduzir o tempo de espera dos navios para atracar no Porto de Santos, principalmente, durante o escoamento da safra de grãos em 2018. Para diminuir a espera de nove para seis dias, a autoridade portuária aposta em uma maior sincronização entre trens e navios e na implantação de hidrovia para o transporte de contêineres, que deve tirar muitos caminhões das estradas e melhorar a logística do Porto.

O Fórum Safra 2018 discutiu o escoamento da produção agrícola brasileira, nesta terça-feira (23), no Terminal de Passageiros Giusfredo Santini (Concais). O evento teve a participação do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil (MTPA), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), além de operadores portuários e do vice-governador do Estado, Márcio França.

Se antigamente o Porto de Santos acumulava filas de caminhões para carregar e descarregar grãos durante o escoamento da safra agrícola, hoje em dia esse problema não existe mais. O monitoramento e o agendamento dos caminhões, que começou em 2014, aparentemente, resolveu o problema dos congestionamentos nas cidades e nas avenidas portuárias durante esse período de alta rotatividade no Porto de Santos.

Sávio Pereira, secretário substituto de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, apresentou as Projeções do Mapa para a Safra 2018. Segundo ele, o Porto de Santos é o principal porto para o escoamento dessa produção e a previsão é que se exporte de 110 a 115 milhões de toneladas de grãos (soja e milho) na safra deste ano.

"Nós tivemos uma melhora muito boa nos últimos três anos. O presidente da Codesp mostrou com muita clareza o envolvido de todos os setores nisso, trouxe um fluxo muito bom no transporte. Nós não vimos, como no passado, grandes dificuldades no Porto de Santos", comentou ele.

Presidente da Codesp, José Alex Oliva (Foto: Divulgação/Codesp)

Segundo José Alex Oliva, presidente da Codesp, o processo de agendamento, a entrada de novas tecnologias e as parcerias com diversos órgãos contribuíram para o cenário atual. Agora, de acordo com ele, o objetivo é diminuir o tempo de espera para a atracação dos navios, para deixar o Porto ainda mais eficiente.

“Em janeiro de 2016, o navio ficava na barra 20 dias esperando para atracar porque não tinha carga suficiente no armazém para ele operar. A logística que nós fizemos é que não pode haver conflito entre o caminhão e o trem. Eles têm que ser sincronizados e precisa ter a carga no armazém. Se eu tenho os armazéns carregados, eu diminuo o tempo de espera no navio para atracar. Quanto mais navio no Porto operando, mais eficiente. Eram 20 dias, em média, a espera. Hoje, nós temos nove dias de espera. E a meta para 2018 é seis dias de espera”, disse.

Além da sincronização entre os trens e os navios, Oliva aposta na hidrovia para desafogar as vias portuárias e melhorar a logística. A previsão é que no dia 2 de fevereiro seja lançado o modal hidroviário no Porto de Santos.

"Em média, são 12 mil caminhões/dia. Quando vem a safra, nós passamos para 14 mil caminhões/dia chegando no Porto de Santos. Se eu tirar 350 mil caminhões ao longo do ano, eu diminuo esse conflito do caminhão de contêiner com os caminhões graneleiros, aumento a possibilidade dos caminhões graneleiros e o contêiner não fica em fila, não espera. Eu passo a transportar 350 mil contêineres pela hidrovia no Porto de Santos. Todos vão ganhar", afirmou.

Em 2013, fila de caminhões se forma no trecho da interligação entre a rodovia dos Imigrantes e Via Anchieta, no Planalto. O trânsito de acesso ao Porto de Santos ficou prejudicado por conta de problemas no Ecopátio, em Santos. (Foto: Nilton Fukuda/Estadão Conteúdo)