Sindetrans - Sindicato das empresas de transportes de cargas de Ribeirão Preto e Região

Notícias

  1. Home
  2. Notícias
  3. União e estado decidem reavaliar plano da ponte que ligará as margens do Porto

União e estado decidem reavaliar plano da ponte que ligará as margens do Porto

Segundo Júnior Bozzella, dúvidas sobre os projetos de ligação seca devem ser esclarecidas.

 

Projeto de ponte entre margens do canal foi elaborado pela Ecovias

Proposta da Ecovias prevê que a ponte terá cerca de 7,5 quilômetros de extensão (Divulgação/Ecovias)

 

O projeto da ponte que promete ligar as margens do canal do Porto de Santos será reavaliado pelos governos estadual e federal, pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) e pela concessionária rodoviária Ecovias, responsável pelo estudo e execução da obra, que tem custo estimado em R$ 2,9 bilhões.

A decisão foi tomada terça-feira (4) à tarde, em Brasília, após o presidente da Codesp, Casemiro Tércio Carvalho, demonstrar preocupação quanto aos impactos negativos que a estrutura pode causar em uma futura expansão do complexo portuário. O gestor defende a construção de um túnel.

Há quase um ano, o projeto teve autorização do estado para ser desenvolvido. Agora, aguarda a conclusão do licenciamento ambiental para que os serviços sejam iniciados.

Devido ao investimento, a Ecovias terá o contrato de administração e exploração do Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI) ampliado.

Presente ao encontro, o deputado federal Júnior Bozzella (PSL-SP) concordou que reavaliar a proposta foi a melhor escolha. Segundo ele, os representantes da Ecovias não tiraram as dúvidas levantadas pelo presidente da autoridade portuária de Santos e, também, pelo secretário nacional dos Portos e Transportes Aquaviários, Diogo Piloni, quanto aos impactos da construção.

Foram questionados pontos como a altura da ponte (85 metros no vão principal), que impõe um limite na altura de embarcações, e a utilização dela por ciclistas, automóveis urbanos e demais veículos de transporte público.

O deputado disse que não ficou claros e a construção irá agilizar o fluxo de caminhões no complexo portuário.

As mesmas dúvidas, segundo ele, ocorrem com a questão do túnel. Bozzella questiona como a ligação pode atender a população e os veículos pesados.

O parlamentar explica que, durante os próximos dias, todos vão se debruçar sobre o projeto, a fim de levantar mais dados e diminuir os riscos das escolhas. “Uma nova reunião, com a presença de técnicos da Agência de Transporte do Estado de São Paulo [Artesp], será marcada na sequência. O secretário Piloni disse que o encontro poderá ser em Santos, na Codesp, ou em São Paulo, na Ecovias ou na Secretaria do Estado de Logística e Transportes [que também participou do encontro]”, disse.

Bozzella ressalta que o assunto deve ser levado à população de forma mais aprofundada. Ele garante que serão realizadas audiências públicas justamente com esse objetivo. “Vai existir a ligação seca. Porém, acho que é válida a intervenção nesse momento. Existiam pontos sem entendimento”.

Em nota, a Ecovias informou que, em um projeto de grande porte, como o da interligação entre as margens do Porto, “é natural que sejam feitas inúmeras reuniões”. A empresa diz que o encontro de ontem serviu para esclarecer pontos e ratificar os debates já realizados. “Seguindo o curso natural do processo, novos encontros devem ocorrer”.

Sem respostas

A Tribuna entrou em contato com o Ministério da Infraestrutura, a Codesp e a Secretaria do Estado de Logística e Transportes, mas não obteve respostas.

 

FONTE A TRIBUNA