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Terminais do Porto de Santos projetam recordes para 2019

Apesar de queda de 3,5% no primeiro semestre, empresas estão otimistas com o aumento de movimentação no cais santista.

 

Terminais portuários apostam na movimentação de contêineres para a recuperação do setor (Carlos Nogueira/ AT)

 

Terminais de contêineres do Porto de Santos projetam recordes de movimentação de cargas até o fim do ano. A expectativa tem como base a recuperação do setor prevista para o atual semestre.

Nos seis primeiros meses do ano, 1,9 milhão de TEU (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) entraram ou saíram do cais santista. O volume representa uma queda de 3,5% em relação ao mesmo período do ano passado, quando a movimentação de contêineres atingiu 2 milhões de TEU no primeiro semestre.

Mas ao se analisar os números dos sete primeiros meses, essa redução fica em 1,9% – foram 2,34 milhões de TEU de janeiro a julho de 2018 e 2,3 milhões de TEU no mesmo período deste ano. Para os terminais, os próximos meses devem garantir recuperação.

Algumas instalações tiveram um primeiro semestre positivo. “Essa movimentação acumulada na primeira metade de 2019 representou um crescimento de aproximadamente 13% quando comparado ao período equivalente do ano anterior”, destacou o diretor comercial da Santos Brasil, Marcos Tourinho, sobre as operações da empresa. 

Segundo o executivo, entre janeiro e junho, o Tecon Santos movimentou aproximadamente 800 mil TEU. Até o final do ano, a empresa pretende atingir a marca de 1,44 milhão de TEU, um crescimento de cerca de 20% em relação ao volume operado em 2018.

“O crescimento de volume esperado para 2019 tem como principais vetores os novos contratos comerciais de serviços de longo curso com rota para a Ásia, assinados em 2018, sendo que o início da operação de um deles ocorreu em janeiro de 2019. O crescimento orgânico, dependente da dinâmica macroeconômica do País, poderá impulsionar o volume de contêineres no segundo semestre de 2019”, destacou o executivo. 

O diretor comercial da DP World Santos, Fabio Siccherino, também segue otimista. “Devemos fechar o ano com uma movimentação superior ao ano passado, de aproximadamente 650 mil TEU e pouco mais de 600 mil toneladas de celulose”.

A empresa aposta em uma recuperação das operações no segundo semestre. Isto porque, entre janeiro e junho, o volume de contêineres movimentados foi 5% inferior se comparado ao mesmo período de 2018. 

“O primeiro semestre de 2019 foi marcado pela reestruturação dos serviços de navegação de longo curso que escalam o Porto de Santos. Em abril, iniciamos a operação de novos serviços envolvendo os armadores CMA CGM, Evergreen, Cosco e Yang Ming, que representaram um aumento nos volumes movimentados mensalmente. Houve um aumento significativo nos demais serviços de valor agregado oferecidos pelo terminal, entre eles, Crossdocking, Armazém Geral e Transporte Rodoviário”, explica Siccherino.

Economia

A situação da economia brasileira explica o resultado negativo do primeiro semestre na Brasil Terminal Portuário (BTP). De janeiro a junho, foram 695.734 TEU, uma queda de 2% em relação aos primeiros seis meses do ano passado. 

Mas, para 2019, as expectativas são positivas. A BTP espera um crescimento de 5% sobre o ano passado, quando operou 1,3 milhão de TEU. “Para este segundo semestre, temos uma expectativa mais positiva, principalmente nas exportações de proteína animal, algodão, milho e café para o extremo oriente. A vinda à BTP das escalas de exportação de serviços da Ásia, durante o período de pico, também contribuirá para uma melhora do resultado esperado”, destacou a empresa, em nota.

Empresas planejam crescimento anual

Obras de expansão, novos contratos e investimentos em tecnologia. Os terminais de contêineres planejam estratégias para garantir o aumento das operações no cais santista até o final deste ano. 

Na DP World, que fica na Área Continental de Santos, os investimentos foram de R$ 20 milhões. Segundo o diretor comercial do terminal, Fabio Siccherino, o montante foi utilizado na construção de um novo galpão. Também estão previstos outros esforços na expansão das operações de celulose. 

“Em março deste ano, iniciamos a operação de um novo armazém logística de 6 mil metros quadrados para operação de ova e desova de contêineres, que será utilizado para armazenagem de carga geral, além de operações de ova e desova de contêineres”, destacou o executivo. 

Já no Tecon Santos, administrado pela Santos Brasil, o foco elevar o nível de serviço prestado na instalação. Para o diretor comercial da empresa, Marcos Tourinho, o aumento do volume operado consolida a estratégia de manter o foco no cliente, oferecendo termos e condições competitivas e serviços customizados. 

“Adicionalmente, estamos realizando vultosos investimentos na modernização e expansão das operações do Tecon Santos, com a ampliação da infraestrutura, envolvendo a aquisição de novos equipamentos para a movimentação de cargas, a qualificação e aprimoramento de pessoal e a busca de novas ferramentas tecnológicas que aumentem a eficiência dos processos e do fluxo operacional do terminal”, destacou Tourinho. 

Segundo o executivo, está previsto para as próximas semanas o início das obras de expansão do cais do Tecon. A obra adicionará 220 metros ao cais atual, que passará a ter 1.510 metros de extensão (considerando os 310 metros do cais do TEV). 

A nova infraestrutura de berços de atracação, somada aos novos guindastes de cais e aos demais equipamentos adquiridos no ano passado, permitirá a operação simultânea de até três navios de 366 metros de comprimento, da classe New Panamax. 

Também foi realizada a compra de dois guindastes tipo “STS Gantry-Cranes”, com entrega prevista para o primeiro trimestre do ano que vem. 

Já na Brasil Terminal Portuário (BTP), os investimentos somam US$ 10 milhões, o equivalente a mais de R$ 37 milhões. A empresa investiu na ampliação da frota com a aquisição de equipamentos de última geração. Foram quatro RTGs, dois Reach Stackers e 12 Terminal Tractors.

O terminal de contêine-res que fica na Alemoa também aposta na aprovação de reformas estruturantes – principalmente a da Previdência. Com isso, a expectativa é de uma reação positiva da economia.

 

FONTE A TRIBUNA