Prévia da inflação fica em 0,09% em julho, diz IBGE
No ano, o IPCA-15 acumula alta de 2,42% e, em 12 meses, de 3,27%, resultado abaixo dos 3,84% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em julho de 2018, a taxa havia sido de 0,64%.
Gasolina pressionou para baixo a prévia da inflação de julho — Foto: Licia Rubinstein/Agência IBGE Notícias.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é uma prévia da inflação oficial do país, ficou em 0,09% em julho, informou nesta terça-feira (23) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice ficou próximo ao registrado em junho (0,06%). É a menor taxa para o mês desde 2017 (-0,18%). Em julho de 2018, a taxa havia sido de 0,64%.
No ano, o IPCA-15 acumula alta de 2,42% e, em 12 meses, de 3,27%, resultado abaixo dos 3,84% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores e dos 4,53% registrados em julho de 2018.
Números do IPCA 15:
- Julho de 2019: 0,09%
- Junho de 2019: 0,06%
- Julho de 2018: 0,64%
- Acumulado no ano: 2,42%
- Acumulado nos 12 meses: 3,27%
Influências
A queda nos preços dos combustíveis voltou a pressionar o índice para baixo, mesmo com os aumentos das passagens aéreas e da energia elétrica.
A maior influência negativa no índice de julho ficou com o grupo dos transportes, que caiu 0,44% em relação a junho, revertendo a alta de 0,25%.
Os transportes foram responsáveis pelos principais impactos individuais tanto para baixo, devido ao preço da gasolina, com queda de 2,79%, quanto para cima, por conta das passagens aéreas, que cresceram 18,1%.
Os demais combustíveis também tiveram recuo nos preços em julho, com o etanol a -4,55%, o óleo diesel a -1,59% e o gás veicular a -0,49%.
Já o grupo habitação, que subiu 0,43%, foi responsável pela maior influência positiva no IPCA-15, com destaque para a energia elétrica (1,13%), que teve a sexta alta seguida. O aumento deste mês foi devido à entrada em vigor da bandeira amarela, que onera as contas de luz em R$ 1,50 a cada 100 quilowatts-hora consumidos.
Entre os demais grupos que compõem o IPCA-15, alimentação e bebidas apresentou leve alta de 0,03%, após registrar queda de 0,64% em junho. Contribuíram a batata-inglesa (8,30%) e a cebola (12,81%).
O grupo despesas pessoais teve variação de 0,48%, ante 0,11% em junho, com destaque para cabeleireiro (0,82%), empregado doméstico (0,24%), manicure (0,25%) e excursão (4,47%).
Saúde e cuidados pessoais (0,34%) desacelerou em relação ao mês anterior (0,58%), especialmente por conta dos itens de higiene pessoal, cuja alta passou de 1,1% em junho para 0,14% em julho. O maior impacto individual no grupo veio do plano de saúde (0,8%).
Veja a variação de todos os grupos:
- Alimentação e bebidas: 0,03
- Habitação: 0,43
- Artigos de residência: -0,06
- Vestuário: -0,19
- Transportes: -0,44
- Saúde e cuidados pessoais: 0,34
- Despesas pessoais: 0,48
- Educação: 0,12
- Comunicação: 0,14
Por regiões
Duas regiões tiveram deflação em julho: Goiânia e São Paulo. O menor índice foi no município de Goiânia (-0,19%), em função da queda no preço da gasolina (-3,35%). São Paulo teve deflação de 0,06%. Já o maior resultado foi na região metropolitana do Rio de Janeiro (0,26%), devido à alta das passagens aéreas (22,93%). Belém e Brasília vêm em seguida: 0,25% e 0,22%, respectivamente.
FONTE GLOBO G1