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PIB do Brasil cresce 0,4% no 2º trimestre, diz IBGE

Alta da economia, puxada por indústria e serviços, foi acima do esperado por analistas.

 

Eduardo Cucolo / Nicola Pamplona - RIO DE JANEIRO - A economia brasileira melhorou no segundo trimestre de 2019, puxada pelos resultados da indústria e dos serviços, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (29).

O PIB (Produto Interno Bruto) avançou 0,4% no período em relação aos três meses imediatamente anteriores.

Na comparação com o segundo trimestre de 2018, a alta foi de 1%.

Em ambas as comparações o resultado veio acima do esperado por analistas ouvidos pela agência Bloomberg (0,2% e 0,8%, respectivamente),

O acumulado dos últimos 12 meses encerrados em junho mostra crescimento de 1%.

O PIB é uma medida da produção de bens e serviços em um país em um determinado período e sua evolução é utilizada para avaliar o desempenho econômico.

 

Como ficou a economia do Brasil no 2o tri de 2019?

 

O instituto também revisou o desempenho da economia no primeiro trimestre, de queda de 0,2% para retração de 0,1%, na mesma comparação.
 
A melhora em relação ao início do ano foi puxada pelo crescimento de 0,7% da indústria e de 0,3% dos serviços. Ainda pela ótima da oferta, a agropecuária recuou 0,4%.

Na comparação com o primeiro trimestre, o crescimento na indústria foi influenciado pela expansão das indústrias de transformação (2%) e construção (1,9%), informou o IBGE.

“Juntas, as indústrias de transformação e construção respondem por cerca de 70% do setor. Além disso, a indústria de transformação tem peso no segmento de bens de capital, que contribuem para os investimentos internos e externos”, disse a gerente de Contas Nacionais do IBGE, Claudia Dionísio.

A indústria extrativa recuou 3,8%.

Pela ótica da demanda, os investimentos (formação bruta de capital fixo) subiram 3,2% —primeira alta após dois trimestres de queda—, e o consumo das famílias, 0,3%.

O consumo do governo, por outro lado, recuou 1%.

COMPARAÇÃO ANUAL

Na comparação anual, o crescimento de 1% é o décimo resultado positivo nessa base de análise.

Pelo lado da demanda, o avanço continua puxado pelo consumo das famílias, que cresceu 1,6%, enquanto o do governo recuou 0,7%.

“Mais uma vez, vemos o consumo das famílias influenciando a demanda, além de ter puxado o aumento do comércio varejista. Já o comércio por atacado cresceu graças às indústrias de transformação, principalmente a metalurgia e produção de máquinas e equipamentos. Junto com a importação, a produção doméstica de bens de capital e a construção explicam a aceleração da Formação Bruta de Capital Fixo”, disse Claudia Dionísio.

Os investimentos subiram 5,2%.

Pela ótica da oferta, a agropecuária, ainda na comparação anual, subiu 0,4%. A indústria subiu 0,3%, e os serviços, 1,2%.

RECESSÃO

O país teve sua última recessão em 2015 e 2016, quando foram registrados oito trimestres consecutivos de queda do PIB, uma retração acumulada de quase 8%.

O PIB cresceu 1,1% tanto em 2017 como em 2018, período em que foram registrados sete trimestres de crescimento modesto e um de estabilidade.

Para 2019, as projeções do mercado até a semana passada eram de avanço em torno de 0,8%, resultado mais fraco que o dos anos anteriores.

Para 2020, a estimativa era uma alta de 2,1%, resultado condicionado à recuperação dos investimentos privados no país. O resultado ainda estará aquém da média de 3% registrada de 1996 a 2014.

 

FONTE FOLHA UOL