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Perde força o mercado de veículos

Para o consumidor, o que se espera é um mercado de veículos com mais tecnologia e menores preços.

Pioraram, entre maio e junho de 2019, os indicadores de produção e vendas de veículos, inclusive caminhões, segundo as associações de montadoras (Anfavea) e de distribuidoras (Fenabrave). Dado o peso do setor de veículos na economia, é provável que haja um efeito negativo sobre a produção industrial, cujo comportamento foi muito fraco até maio.

A produção de 233,1 mil autoveículos em junho caiu 15,5% em relação à de maio e 9% comparativamente à de junho de 2018. Entre os primeiros semestres de 2018 e de 2019, ainda houve crescimento (2,8%), para 1,47 milhão de unidades, para o que contribuiu o comportamento insatisfatório das exportações, em queda, medida pelo número de unidades, de 41,5% no período.

Os licenciamentos de autoveículos caíram 9,1% entre maio e junho, para 223,2 mil unidades, mas cresceram 10,5% em relação a junho de 2018 e 12,1% entre os primeiros semestres de 2018 e de 2019. O desafio das vendas de veículos novos está, em parte, no comportamento do mercado de veículos usados, de que os consumidores se valem para trocar por novos. Segundo a Fenabrave, entre maio e junho caíram 16,1% as vendas de autos usados.

A diminuição das vendas de caminhões entre maio e junho é indício de que pode estar terminando o ciclo de renovação ou constituição de frotas. Algumas empresas que dependem muito do transporte rodoviário criaram frotas para evitar a dependência dos caminhoneiros autônomos, cujas dificuldades cresceram depois da paralisação de maio do ano passado.

Parece estar em curso um processo de ajustamento das montadoras, que voltaram a cortar pessoal (774 vagas entre maio e junho e 2.241 vagas entre junho de 2018 e junho de 2019), para 129,2 mil. A queda do emprego no setor decorreu do segmento de autoveículos, que suprimiu quase 2,9 mil postos de trabalho nos últimos 12 meses, enquanto aumentava o emprego nos segmentos de máquinas agrícolas e rodoviárias (+3,4% entre junho de 2018 e junho de 2019).

O presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, afirmou que as montadoras devem orientar seus investimentos para o aumento da concorrência que virá com o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia. Para o consumidor, o que se espera é um mercado de veículos com mais tecnologia e menores preços.

 

FONTE ESTADAO