Gasolina e diesel sobem em 2026 com aumento do ICMS

A decisão de aumentar os valores do ICMS foi do Confaz, sendo cobrado em todos os estados sobre a venda do diesel, gasolina e gás de cozinha
O ano novo começa com um aumento que será sentido no bolso de todos os brasileiros. A gasolina c e o diesel vão ficar, respectivamente, R$ 0,10 e R$ 0,05 mais caros no Brasil a partir de 1º de janeiro de 2026. O gás de cozinha deve ter um incremento de R$ 1,05 por botijão de 13kg, segundo o Sindigás. O que provocou isso foi os reajustes nos valores cobrados do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no preço dos combustíveis, autorizado pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz).
A entidade representa os secretários estaduais da Fazenda e aprovou uma atualização dos valores do imposto que incidem sobre gasolina, diesel, gás de cozinha e Gás Natural Liquefeito (GNL). Os novos valores devem ser repassados pelos postos a partir de 1º de janeiro de 2026. Só lembrando que o preço dos combustíveis é livre, apresentando uma variação dependendo do posto e da distribuidora.
O aumento do tributo estadual no preço da gasolina e diesel também deve contribuir para o aumento de uma velha conhecida dos brasileiros: a inflação. Pelas rodovias circulam 63% de todas as mercadorias do País. Isso significa que muitos produtos vão passar a ter embutido este aumento nos seus preços.
Contatada a Secretaria estadual da Fazenda (Sefaz-PE) informou, em nota, que “as novas alíquotas serão aplicadas de forma uniforme em todo o território nacional, conforme determinação dos convênios aprovados pelo Confaz”.
Ainda de acordo com a nota da Sefaz-PE, os Convênios ICMS 112 e 113/2025 atualizaram os valores da gasolina de R$ 1,47 para R$ 1,57 por litro (reajuste de 6,8%) , do diesel de R$ 1,12 para R$ 1,17 ( 4,5%) e do GLP/GLGN (gás de cozinha e Gás Natural Liquefeito -GNL-) de R$ 1,39 para R$ 1,47 (5,8%). Esses são os valores cobrados de ICMS por litro de diesel e gasolina, enquanto no GLP o valor do ICMS é por quilo do produto.
Sindicombustíveis e o aumento do ICMS
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Pernambuco (Sindicombustíveis-PE), Alfredo Pinheiro Ramos, lamentou o reajuste, argumentando que o valor cobrado do ICMS nos combustíveis aumenta para suprir uma demanda de “um estado cada vez maior e que precisa de mais dinheiro”. Ele estava se referindo a todos os Estados, porque a decisão de aumentar foi do Confaz.
O empresário também disse que os Estados do Nordeste pagam mais caro pelo combustível porque não recebem o produto via dutos. Segundo ele, a Petrobras abastece de 30% a 40% do Nordeste e o restante tem que comprar combustíveis de uma refinaria da Bahia que pertence a Mubadala Capital, de Abu Dhabi, que se tornou a principal fornecedora privada da região.
Ainda de acordo com Alfredo, cerca de 80% do preço da gasolina é extração, refino e impostos, enquanto os outros 20% são formados por despesas relacionadas aos postos de gasolina e transportadoras.
Fonte: Movimento Econômico / Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil