Dona da Mercedes-Benz mostra caminhao eletrico pesado com autonomia para 400 km
Caminhão eCascadia deve ser produzido a partir de 2021, diz a Daimler.
eCascadia poderá levar mais de 15 toneladas (Foto: Divulgação)
A Daimler lançou nesta semana um caminhão pesado totalmente elétrico e prometeu colocar o modelo em produção a partir de 2021, posicionando-se para desafiar concorrentes europeias e norte-americanas, incluindo novatas como a Tesla.
Os compradores de caminhões preveem uma regulamentação global para reduzir a poluição de caminhões e veem vantagens nos custos menores com combustível e manutenção dos veículos elétricos.
Mas uma mudança tecnológica da frota está longe de acontecer dados os desafios de custo, infraestrutura de recarga, alcance e da possibilidade de restrição da capacidade de carga devido ao peso das baterias.
O caminhão eCascadia da Daimler é um modelo de 18 rodas com um alcance de 400 km, que visa o mercado de distribuição regional e serviços portuários.
O caminhão da Tesla - que deve ser produzido até 2020 - será voltado para distâncias mais longas com alcance de pouco mais de 800 km.
A Daimler também divulgou na véspera um modelo médio eM2 106, com alcance de até 370 km desenhado para distribuição local, como entregas de bebidas, que alguns analistas veem como o "alvo certo" para o mercado emergente de caminhões elétricos.
A empresa disse que vai entregar um total de 30 protótipos dos dois modelos aos clientes ainda este ano para teste em campo e espera ter os caminhões em produção em 2021.
A Daimler, como a maior fabricante de caminhões do mundo, tem muito a perder à medida que a competição por caminhões elétricos se intensifica.
A concorrente de Illinois, Navistar International, e sua parceira Volkswagen, que estão investindo US$ 1,7 bilhão em veículos elétricos, autônomos e sistemas em nuvem até 2022, planejam lançar seus próprios caminhões de médio porte na América do Norte até o fim de 2019.
Mais conhecida por sua marca de luxo Mercedes-Benz, a Daimler tem uma fatia de cerca de 40% do mercado norte-americano de caminhões pesados, de aproximadamente US$ 39 bilhões.