Sindetrans - Sindicato das empresas de transportes de cargas de Ribeirão Preto e Região

Notícias

  1. Home
  2. Notícias
  3. Demanda por galpões em alguns setores puxa negociações de aluguel

Demanda por galpões em alguns setores puxa negociações de aluguel

Taxa de vacância caiu, no terceiro trimestre, para o menor patamar desde 2015, de acordo com a consultoria Colliers.

A demanda do varejo tradicional, de empresas de comércio eletrônico, alimentos, bebidas, embalagens, autopeças e de transporte e logística por áreas de galpões vem se refletindo no aumento da locação de espaços e na redução da taxa de vacância de condomínios industriais e logísticos, de acordo com dados da Colliers International Brasil. No Estado de São Paulo, houve negociações, principalmente, nas proximidades da capital, maior mercado consumidor do país.

 

Ricardo Betancourt: Tendencia e de continuidade da queda da vacancia -- Foto: Carol Carquejeiro/Valor

Ricardo Betancourt: Tendência é de continuidade da queda da vacância — Foto: Carol Carquejeiro/Valor

 

Apesar de a movimentação ter crescido e a taxa de vacância ter caído, no terceiro trimestre, para o menor patamar desde 2015, os preços pedidos de locação ficaram estáveis em R$ 19 por metro quadrado, mostra a consultoria especializada. Na avaliação do presidente da Colliers, Ricardo Betancourt, a tendência é de continuidades da queda da vacância, e haverá recuperação de preços quando o indicador ficar inferior a 15%. Levantamento da consultoria aponta 18% de espaços vagos em relação ao total, no terceiro trimestre, com redução de quatro pontos percentuais na comparação anual.

Parte das empresas que atuam como desenvolvedoras de galpões para locação considera que a retomada do setor já começou, considerando-se as movimentações de ocupantes que vem sendo registradas no mercado, enquanto outra parcela avalia que o movimento terá início em 2020, quando o aquecimento da demanda tende a ser maior.

Segundo a Colliers, de janeiro a setembro houve 136 transações de aluguel de condomínios industriais e logísticos, no Brasil, volume quase 30% maior do que as 105 do mesmo período de 2018. O maior crescimento, de 48%, ocorreu nas operações de áreas superiores a 10 mil metros quadrados, que chegaram a 31.

O Estado de São Paulo respondeu por 79 do total de operações e por 20 das transações com mais de 10 mil metros quadrados. Dos negócios de maior porte, 25 foram fechados em galpões até 30 quilômetros do centro da cidade de São Paulo; 16, entre 30 e 60 quilômetros, sete, de 60 a 90 quilômetros e 11, acima de 90 quilômetros. A contratação de 111 mil metros quadrados da Global Logistic Properties (GLP) pelo Mercado Livre, em Cajamar (SP), foi a maior operação do ano.

De acordo com a consultoria, a absorção bruta de condomínios industriais e logísticos de alto padrão teve crescimento de 21% no trimestre passado, ante o mesmo período de 2018, para 396,6 mil metros quadrados.

A absorção líquida - contratações menos devoluções - foi de 177,2 mil metros quadrados, com destaque para os 98,8 mil metros quadrados no Estado de São Paulo. Houve queda de 26% na absorção líquida registrada no país, em decorrência de maior volume de áreas devolvidas. Trata-se de movimento pontual, que não deve se repetir, na avaliação do presidente da Colliers.

No Estado de São Paulo, o preço médio do metro quadrado foi de R$ 18,5, chegando a R$ 20,9 em locais até 30 quilômetros do centro da capital. “A tendência é que essa diferença aumente cada vez mais”, afirma o presidente da consultoria, acrescentando que, nas regiões mais próximas da cidade de São Paulo, já existe pressão de preços.

Segundo Betancourt, Global Logistic Properties (GLP), Prologis, Golgi Condomínios Logísticos e Sanca Galpões devem entregar um total de 628 mil metros quadrados de galpões até o fim do próximo ano.

 

FONTE VALOR GLOBO