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Cargo X oferecerá R$ 100 milhões para transportadoras do agronegócio

SÃO PAULO  -  A startup de transporte de carga Cargo X lança nesta segunda-feira uma linha de financiamento para transportadores com foco no agronegócio nacional. Cerca de R$ 100 milhões serão oferecidos ainda este ano para capital de giro dessas companhias.

“Cerca de 95% das transportadoras no Brasil são de pequeno e médio porte. Queremos que elas tenham capital de giro para expandir suas operações, gerando renda e emprego no mercado”, afirma Federico Vega, presidente da Cargo X.

Inicialmente, a linha será direcionada apenas para o agronegócio porque, além de ser um dos maiores e mais importantes mercados, as transportadoras do agronegócio, segundo Vega, são as que mais sofrem com falta de capital de giro e margens mais apertadas. Por ter também uma operação mais padronizada, é mais simples para começar.

Mas há previsão de que o serviço seja estendido, posteriormente, para outros setores. Até o fim de 2020, a Cargo X espera emprestar até R$ 300 milhões em capital de giro para as transportadoras, também de outros setores além do agronegócio.

A ideia desse novo serviço surgiu a partir de demanda dos próprios clientes. Uma reclamação comum entre as pequenas transportadoras é a falta de dinheiro em caixa para pagar os motoristas de caminhão à vista. Com dinheiro, fica mais fácil contratar os motoristas independentes e também aumentar o volume de carregamento, que, no fim, se transforma em maior receita.

A empresa começou, então, a experimentar o serviço, mas usando dinheiro do próprio. Agora, segundo o presidente, o serviço vai ganhar mais corpo, dinheiro e com mecanismos mais sofisticados para ofertar e fazer a gestão de riscos para evitar inadimplência.

Até então, a Cargo X focava em seu principal negócio, um aplicativo que funciona como um intermediário entre caminhoneiros e transportadoras e empresas que precisam contratar o serviço de logística, muito similar ao que o Uber faz com passageiros e carros.

“Nós não queremos ser reconhecidos como o ‘Uber dos caminhões’, mas sim, como a empresa que ajuda outras transportadoras a tornarem-se elas mesmas um ‘Uber’ em seus mercados, como no agronegócio”, conclui Vega.

O dinheiro para alimentar a linha de financiamento da Cargo X virá basicamente de investidores e um pouco do próprio grupo. A empresa, fundada em 2016, foi avaliada em US$ 150 milhões em outubro do ano passado, quando recebeu seu quinto aporte, de US$ 60 milhões, uma rodada liderada pelos fundos de investimentos Blackstone e Hudson Structured Capital Management.

Com o novo serviço, a startup também aproveitou para reestruturar suas operações focadas no atendimento ao setor agro. As 11 filiais que tem nos Estados de Goiás, Mato Grosso, Pará, Paraná e São Paulo vão ser fechadas.

“Essa mudança se dá devido à nova forma de atuação neste setor, privilegiando a parceria com as transportadoras, em vez do atendimento direto à empresa ‘embarcadora’. Em contrapartida, a Cargo X anunciou sua expansão, com a abertura, apenas em 2019, de mais 100 vagas de emprego em áreas como Tecnologia, Produto, Machine Learning, Business Intelligence, Vendas, Operações e áreas Administrativas”, explica Vega. 

 

FONTE VALOR