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Apos ameaca de bloqueio no Porto, caminhoneiros decidem fazer carreata ate a prefeitura

Motivo seria desapropriação de terreno no Bom Retiro, que servia como estacionamento. Veículos sairão do local e seguirão em direção à administração municipal a partir das 6h desta quarta (20).


Caminhoneiros demonstraram descontentamento a respeito do terreno que serve como estacionamento (Foto: Carlos Nogueira/AT)

Após um vídeo divulgado nas redes sociais alertar que um grupo de caminhoneiros iria bloquear a entrada do Porto de Santos, na região da Alemoa, por conta do descontentamento pela desapropriação de um terreno usado como estacionamento para caminhões no bairro Bom Retiro, o Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens da Baixada Santista e Vale do Ribeira (Sindicam) confirmou que será realizada uma carreata nesta quarta-feira (20), a partir das 6h, que terá como destino a Prefeitura de Santos, no Centro.

Alexsandro Viviani, presidente do Sindicam, disse que a ideia é fazer uma manifestação diferente da planejada inicialmente, na qual a categoria bloquearia a entrada do Porto, no viaduto da Alemoa. O sindicato não está à frente do protesto, mas foi informado sobre a intenção dos caminhoneiros.

"Os caminhões vão sair do terreno entre 6h e 6h30, percorrer a cidade e parar em frente à prefeitura. Decidimos não atrapalhar o trabalho dos caminhoneiros que acessam o Porto. Optamos pela carreata para acionar diretamente a prefeitura", explicou Viviani.

O presidente do Sindicam ainda afirmou que a categoria procurou a Prefeitura de Santos na tarde desta terça-feira (19), mas não obteve resposta.

Em nota, a prefeitura informa que, na manhã desta terça-feira, aconteceu uma reunião na Secretaria Municipal de Assuntos Portuários, Indústria e Comércio com os dirigentes caminhoneiros do Sindicam, onde foi colocada a necessidade do cumprimento judicial. Também ressalta que os caminhoneiros já declararam, por meio das redes sociais, que não haverá bloqueio na entrada da cidade.

No periodo de janeiro a outubro deste ano, o IprevSantos aprovou 390 pedidos de aposentadoriaCaminhoneiros vão fazer carreata em direção à Prefeitura de Santos (Foto: Arquivo/A Tribuna)

Terreno

O espaço que servia como estacionamento fica localizado entre o Morro Ilhéu Alto e o Rio São Jorge. Segundo a administração municipal, na última segunda-feira (18), foi feita a desapropriação de parte do terreno que era área alodial que pertencia à empresa Repcon, e solicitado o restante à Secretaria do Patrimônio da União (SPU), porque era área de Marinha. 

O terreno será utilizado para a construção da ponte de ligação entre os bairros Bom Retiro e São Manoel, que também ligará a Zona Noroeste à Via Anchieta. O local será utilizado, também, como pátio de vigas, durante as obras, o que, segundo a prefeitura, justifica a necessidade da desapropriação imediata. A outra parte do terreno será usada futuramente pela Cohab para a construção do conjunto habitacional denominado Prainha 2.

'Problema histórico'

Em nota, a Prefeitura de Santos informou que, em junho de 2018, durante uma reunião conjunta que contou com diversas secretarias da prefeitura e os caminhoneiros, foi encaminhada negociação para que os motoristas deixassem o terreno em dezembro, o que não ocorreu e gerou a ação de reintegração de posse.

A administração municipal classificou a falta de vagas como um "problema histórico". "Desde o início da atual gestão, a prefeitura tenta liberação, via SPU, de uma grande área em frente ao Terminal BTP. O Governo Federal se comprometeu a liberar a área para a Codesp, mas a empresa não iniciou as intervenções necessárias para que o local se torne um pátio de estacionamento de caminhões", esclarece a prefeitura.  

Ainda de acordo com a administração, em 13 de fevereiro, o prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) esteve reunido com o ministro da Infraestrutura e, entre outros itens da pauta, foi requerido o estudo urgente de um pátio estruturado para estacionamento de caminhões no porto.

Por fim, o Poder Público Municipal destaca que está empenhado na solução do problema.

FONTE A Tribuna